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História do domingo: Encontro dos rios

Você é especial


Como não existe presente melhor do que a nossa atenção, marque hoje um momento com uma pessoa que é especial pra você. Não se esqueça: mais importante do que a ceia, são as pessoas que sentam ao seu lado na mesa



Como seria o mundo se você não existisse?

Essa pergunta é o ponto de partida do filme “A Felicidade Não Se Compra”, que está sempre no topo das listas dos clássicos de Natal, e é considerado o filme mais inspirador de todos os tempos.

• Dirigido por Frank Capra e lançado em 1946, It's a Wonderful Life — título original — se tornou uma obra atemporal sobre os valores da vida.

Na história, George Bailey é um homem “comum”. Não tem grandes posses e nem ocupa um lugar de prestígio na sociedade, mas é querido e admirado por todos ao seu redor.


Bem no arquétipo de herói modesto, George não vive por um propósito grandioso, mas nunca deixa de agir pelo bem dos outros.


Acontece que, no desenrolar da história, ele se vê em uma crise financeira e emocional, cogitando até acabar com a sua própria vida.

• Pra fazê-lo mudar de ideia, então, um anjo desce à Terra e mostra como o mundo teria sido se ele nunca tivesse existido.

E é aí que esse clássico mostra o que a correria desenfreada nos faz esquecer: com um pequeno gesto ou palavra, somos capazes de mudar o dia — ou até a vida — de alguém.


No final das contas, você não precisa acabar com a fome no mundo, fazer uma descoberta científica ou entrar na lista da Forbes pra viver uma vida “com propósito”.


Colocando-se no lugar de George e pensando em qual está sendo o seu impacto na vida das pessoas, você verá que o que deixamos de mais valioso neste mundo não são títulos e nem bens materiais.


• Como Eça de Queiroz dizia que “o maior espetáculo para o homem será sempre o próprio homem”, nada tem mais valor do que as relações que construímos.


Afinal, como o próprio filme nos ensina, uma vida que parece comum pode ser extraordinária quando vista pelos olhos de quem somos para os outros.


Encontro dos rios

(Baseado em uma história real)

“Tudo recomeçou na noite de Natal de 2010, com uma mensagem anônima de um número desconhecido: você está linda.”

• A Thaiza fala em recomeço, porque diz que tem certeza de que ela e o Felipe já estiveram juntos em outras vidas.

Ela se lembra como se fosse hoje da primeira vez que se viram. Thaiza estava na oitava série, sentada em um banco da escola. Viu o Felipe passar, e logo perguntou pra sua amiga: quem é ele?


Na época, com 13 anos, ela tinha o seu primeiro namoradinho, e nunca tinha sentido aquela sensação com outra pessoa. Vontade de ficar perto, de conversar, de ser amiga.


Thaiza passou da primeira fileira pra “turma do fundão”, e lembra de uma professora que sempre falava: vocês ainda vão namorar e casar. Ela respondia que era só amizade.


Depois de dois anos, Felipe mudou de escola. A Thaiza também lembra da sensação de receber a notícia: ele não estuda mais aqui.

• A vida seguiu. Eles entraram pra faculdade, se envolveram com outras pessoas, até que o destino resolveu cruzar o caminho dos dois novamente.

Se encontraram em uma balada no dia do Natal. Thaiza estava solteira, morando em Araraquara e cursando Letras. Ele tinha se mudado pra São Paulo, e cursava administração.


Os dois conversaram, beberam, riram. Estava rolando um clima, e o Felipe ofereceu pra deixar a Thaiza em casa.


Antes, passaram pra comer um “podrão” com os amigos. Ela, bem preparada, pediu um chiclete de menta com água. Ele foi logo comendo um hambúrguer com catupiry e coca.

• Eles deram o primeiro beijo no caminho de volta pra casa — depois da Thaisa oferecer o chiclete pro Felipe.

No dia seguinte, ela acordou com ressaca, frio na barriga e a seguinte mensagem: “vamos tomar um sorvete?”


Mesmo sabendo que o encontro, dessa vez, tinha sido diferente, a Thaiza estava tentando desviar. Em apenas duas semanas, iria passar um mês na Califórnia. Solteira.


Mas não deu pra fugir. Os dois se encontraram várias vezes até o dia da viagem, e quando ela chegou lá, percebeu: estava completamente apaixonada.

• Sabia que não tinha volta, e só se entregou. Se entregou para anos de amor à distância, baladas, cinema e sorvete.

Passaram a morar juntos, e criaram rituais “só dos dois”: cafofo, velas, vinho, pão e prosciutto.


Ficaram noivos depois de 8 anos de namoro. A Thaiza fala que não teve um pedido oficial. O Felipe lembra que o compromisso foi selado do jeito que eles mais queriam: viajando, em uma noite de lua cheia.


Eles gostam tanto de celebrar o amor que se casaram duas vezes. Ah, e lembra da amiga da oitava série que apareceu no início do texto? Ela foi madrinha.


Na viagem de Lua de Mel, pra Amazônia, a Thaiza percebeu que ela e o Felipe são como o encontro dos rios: andam juntos, sempre, pra mesma direção. Mas não se fundem. Permanecem seres inteiros antes de serem um casal.

• Nessa dança chamada vida, eles bailam juntos — mesmo que o Felipe não saiba dançar. Aliás, a Thaiza adora o seu gingado sem destreza.

No começo do namoro, o programa de final de semana era show de sertanejo. Passaram de Bruno e Marrone pra “Harvest Moon”, do Neil Young, que foi a música do casamento.


Ela ficou mais organizada e prática. Ele ficou mais reflexivo. Ela se interessou por tênis, e ele, agora, lê Clarice e Saramago. Ela escuta Bruno e Marrone, e ele escuta Caetano Veloso. Ela planeja as viagens, ele decide os restaurantes.


13 anos depois daquele Natal onde tudo começou, eles continuam apaixonados, celebrando o amor diariamente. Ah, e agora, com um pedacinho mais concreto: um bebê no colo.


Vai ser o primeiro Natal do filho da Thaiza e do Felipe, no “ano 13” dos dois. O número da sorte dele. E que sorte dos três viver a vida assim.

• Todo domingo, o Felipe lê o the stories tomando um café na sala. Foi ele, inclusive, que fez com que a Thaiza assinasse.

Os dois choram juntos enquanto leem as histórias e veem as fotos. Agora, a Thaiza acha que chegou o momento de Felipe ser surpreendido em um domingo qualquer, tomando seu café corriqueiro.


Desde que a família ficou maior, as manhãs de domingo ficaram mais agitadas, mas eles ainda conseguem manter esse momento — com ou sem bebê no colo.


Texto e imagens: The stories/Reprodução


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