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História do domingo: Pessoa certa na hora certa

imensidão do universo


Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, quem você agradece por dividir um planeta e uma época com você?


Coincidência ou destino?

Essa foi a dedicatória do livro “Cosmos”, do astrônomo Carl Edward Sagan para a sua mulher, Annie. Cientista planetário, ele foi conselheiro da NASA e colaborou no desenvolvimento do Apollo 11.


• Autor de mais de 600 publicações científicas, Sagan também era conhecido por ter várias reflexões profundas sobre a humanidade.


Inclusive, na dedicatória romântica do seu livro, ele usa conceitos científicos pra falar sobre o senso de unidade de habitarmos o mesmo planeta — que é apenas um ponto minúsculo no vasto cosmos.


Só pra ter ideia, além da Via Láctea, existem entre 100 e 200 bilhões de galáxias no universo observável. Reduzindo o espectro pra Terra, as estimativas dizem que mais de 100 bilhões de pessoas já passaram por aqui.


• Atualmente, há 7 bilhões de pessoas no mundo — e cada uma delas tem um universo de pensamentos dentro de si.


Carla Madeira já bem disse que “o que mais existe no mundo são pessoas que nunca vão se conhecer. Nasceram em um lugar distante, e o acaso não fará com que se cruzem”.


Talvez por isso Victor Hugo afirme que “a vida não passa de uma oportunidade de encontro”, e Vinicius de Moraes declame que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”.


Voltando pra Carla Madeira, a autora lembra que “alguém pode passar pela esquerda enquanto olhamos distraídos para a direita. Por um triz o paralelo nos obriga ao desencontro eterno”.


• Mas, ainda que muito amor seja perdido nessa falta de sincronia, é lindo pensar que deve mesmo existir um certo milagre nos encontros.


Seja por uma força divina ou apenas por coincidência, várias pessoas cruzam o nosso caminho. E quando esse encontro vira conexão, até o mais cético concorda: “não é tolo dizer que o amor é sagrado”.

Pessoa certa na hora certa

(Baseado em uma história real)

A história da Victoria e do Lucas é bem diferente do que a maior parte das pessoas considera “ideal” — e precisou de vários encontros e desencontros para chegar até aqui.


• Tudo começou em 2021, quando a Victoria seguiu o Lucas no Instagram e os dois começaram a conversar.


Se falaram todos os dias durante um mês, até que saiu o primeiro date: com vinho, sentados no tapete de um apartamento emprestado. Já dormiram agarradinhos, e a Victoria diz que foi tudo perfeito.


Mas quem disse que o Lucas queria namorar? Fugindo de compromisso, eles foram só “ficando”, até que a Victoria deu o ultimato: ou a gente avança, ou para por aqui mesmo.


Eles pararam por ali mesmo, mas continuaram a se falar. Mesmo “terminados”, sempre procuravam um ao outro pra conversar amenidades — ou ter desabafos profundos.


• No ano seguinte, em fevereiro de 2023, Lucas voltou de um retiro com o coração mexido, e se declarou pra Victoria.


Emocionado, ele disse que não queria viver mais um dia sequer sem ela. Mas, como o destino é arteiro, dessa vez, foi a Victoria que não pensava em namorar.


Ficaram só um mês juntos, e ela foi viver a vida sozinha. Focou na carreira e nela mesma. Emagreceu, começou a correr, foi promovida no trabalho, e até viveu um romance nesse meio tempo


Eles se reencontraram no réveillon em Florianópolis — e em algumas outras baladas —, mas ainda não era a hora do romance engatar.


• Até que, em um dia de choro, Victoria ligou pra pessoa que sempre foi o seu refúgio: Lucas.


A resposta dele foi simples: “vem pra cá”. E aí ela pegou o carro e foi soluçar nos braços dele. Dia 4 de abril de 2023.


É que, mesmo separados, a Victoria sempre confiou no Lucas. Seja pra contar que virou sócia na empresa que trabalhava, ou pra desabafar sobre um problema que parecia o fim do mundo.


E desde esse dia 4 de abril de 2023, quando ele a acolheu em sua casa, às 5h da manhã, os dois nunca mais se desgrudaram.


• Hoje, dois anos e meio depois do primeiro beijo, eles moram em Portugal, no apartamento “fofinho” que sempre sonharam.


Eles vivem a vida viajando pela Europa, e como estão longe de suas famílias, se tornaram família um do outro.


O Lucas continua tocando a sua empresa no Brasil, e essa é uma das coisas que a Victoria mais admira nele: saiu do país porque a sua prioridade é ela, mas continua dando o melhor no trabalho.


Pensando na Carla Madeira e no “milagre dos encontros”, a Victoria diz que ela não se “perdeu de paixão”, mas se encontrou.


• Ela escolheu estar ao lado do Lucas, e o escolheria em 100 mundos diferentes, e em qualquer versão de realidade alternativa que pudesse existir.


Quando trocaram as alianças, em uma capela em Portugal, a Victoria prometeu que, todos os dias, ao voltar pra casa, ela fará de tudo pra deixar a vida dos dois extraordinária.


Até porque, todos os dias, o Lucas espera ela na porta de casa. Quando a Victoria chega, ele sorri e abre os braços.


Ela também prometeu dançar com ele como “sua mulher”, pela primeira vez, no casamento. E pela última, como eles sempre fazem: na cozinha de casa, quando já estiverem com 90 anos.


A Victoria prometeu que vai tentar sempre ser o holofote do Lucas — assim como ele é o dela. Prometeu que a risada dele vai ser a trilha sonora da sua vida, e que os dois serão um só.


• Ela ainda prometeu que, quando chegar ao céu, vai correr ao seu encontro — para eles se amarem por toda a eternidade.


Depois de tudo que passaram, ela aprendeu que aquela famosa frase clichê é a maior verdade nos relacionamentos: “quando for pra ser, vai ser”.


Para os leitores que estão desiludidos com o amor, ela diz que é só confiar. Em suas palavras, “deixe que Deus, ou o universo, ou até as coincidências guiem o destino. O que é pra ser tem muita força.”


EXTRA!

O que nos resta?

Quando fazemos tudo para que nos amem... e não conseguimos, resta-nos um último recurso, não fazer mais nada.


Por isto digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado... melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.


Não façamos esforços inúteis, pois o amor nasce ou não espontaneamente, mas nunca por força de imposição.


Às vezes é inútil esforçar-se demais... nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende a nossos pés.


Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.


Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer.


Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de nada mais fazer.


- Clarice Lispector


Texto e imagens: The stories/ Reprodução


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