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História do domingo: Sure Thing

Foto do escritor: reginaldorodrigues3reginaldorodrigues3

Viver devagar


que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.”


Viver devagar

Nesse trecho, Fernando Sabino faz uma profunda reflexão sobre a nossa forma de viver. Com algumas palavras, ele sugere que a vida, em sua plenitude, deve ser apreciada atentamente.

• Ao dizer que “viver devagar que é bom” ele propõe uma desaceleração da vida moderna, tão marcada pela pressa e pelo imediatismo.

Acontece que muita gente passa os dias da semana indo da casa pro trabalho e do trabalho pra casa, rolando o feed das redes sociais, pagando boletos e sofrendo por possíveis problemas do futuro.


Mas como já dizia Martha Medeiros, “morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.”


Assim, pra sair da mesmice, Fernando Sabino usa o verbo "entreviver-se” e sugere que a vida não é linear nem simples, mas feita de ciclos e nuances que nos moldam constantemente.

• Seguindo essa ideia, ele diz que a gente deve viver “tirando das coisas ao nosso redor uma íntima compensação”.

Mas essa compensação não diz respeito a nenhuma conquista material, e sim a uma forma de encontrar significado e consolo nas experiências cotidianas.


Amando, desejando, sofrendo, avançando e recuando. Porque viver é uma questão de saber esperar o tempo certo, de permitir que as coisas se desenrolem de forma natural. Sem pressa.


Por isso ele finaliza o trecho dizendo que viver afinal é questão de paciência. Pois só quem tem paciência e atenção percebe a beleza do que acontece, seja nas alegrias ou nos sofrimentos.


Parafraseando, novamente, Martha Medeiros, “já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.”


Sure Thing

(Baseado em uma história real)

A história do Eduardo e da Beatriz começou em 2023. Mas não como uma história de amor.


Eles estavam na mesma turma da faculdade, no meio do semestre. Na época, os dois estavam solteiros e focados em prioridades diferentes.


Beatriz não pensava em namorar. Eduardo, por outro lado, sentia que uma namorada seria tudo na sua vida — e dizia pra todo mundo que queria namorar, casar e ter filhos o mais cedo possível.


Poderíamos dizer que essa foi uma história de amor à primeira vista, mas não estaríamos sendo fiéis aos fatos. De início, eles nem repararam um no outro e mal se cumprimentavam.


• Na verdade, Eduardo sempre achou a Beatriz muito bonita. Falava isso com todo mundo, mas acreditava que ela era meio “out of his league”.


Fim de primeiro semestre, férias chegaram. Após alguns meses, o retorno acadêmico veio, mas a relação seguiu da mesma maneira. Pouco contato, alguns olhares trocados, mas nenhum resquício de amor no ar.


Com o passar dos meses, algo mudou. Eduardo passou a dizer “bom dia, Beatriz”, todos os dias, sempre acompanhado de um sorriso sincero. Ela respondia da mesma maneira.


Aos poucos, a simples saudação evoluiu para “como foi seu final de semana?”, e sucessivas tentativas de puxar assunto. Assim, bem devagarinho, uma pequena conversa iniciava-se todos os dias.

• Em uma dessas conversas, sem nenhum contexto, Eduardo disse que queria ter 7 filhos. Beatriz achou engraçado.

Depois disso, ele a seguiu no Instagram. Queria ver mais de perto o que acontecia. Ela aceitou e seguiu de volta.


O clima estava melhorando. Conversavam alguma coisinha quase todos os dias. Ainda daquele jeito, sem nenhuma intenção por trás — pelo menos não diretamente.


Férias de meio de ano chegaram. Ambos ficariam sem se ver durante um mês, mas não existia saudade. Não passava pela cabeça de nenhum deles que estariam juntos.


Até que um pequeno episódio mudou tudo. No meio das férias, Eduardo postou um story no seu trabalho. Beatriz viu e respondeu: “não consegui me conter, parabéns Eduardo kkkkkkkk”.

• O gesto foi pequeno, mas pra ele mudou tudo — se ela respondeu meu stories, alguma chance eu tenho.

Uma semana depois, um evento inusitado aconteceu. Eduardo e Beatriz são novos, mas têm espírito de velho: detestam sair. Ou seja, uma festa seria o último lugar possível pra eles se encontrarem.


Mas era aniversário de um amigo do Eduardo, e todo mundo estava indo pra uma balada famosa em São Paulo. Também era aniversário de uma amiga da Beatriz, que comemorou no mesmo lugar.


Lá pela 1h da manhã, surge uma mão por trás do Eduardo e uma voz conhecida — “não acredito que você está aqui”.

• Beatriz dizia isso enquanto segurava uma Ice quente. Eduardo, com muito frio na barriga, respondeu algo parecido.

Eles se grudaram. Flertaram à noite inteirinha. Os amigos perceberam que tinham perdido os dois. O clima estava instaurado.


Eduardo pediu para beijá-la umas 15 vezes (sem exagero). Beatriz deu fora em cada uma delas, e disse que não o beijaria pois não o conhecia direito — “não te conheço, nunca conversamos. Você pode ser um louco, ué”.


Eles se conheciam há um ano, mas o Eduardo achou aquilo engraçado, e respondeu dizendo: vamos nos conhecer então. Vou te chamar para jantar. Beatriz disse que topava o convite.


No dia seguinte, ele mandou uma mensagem: “adoraria te chamar pra sair e ter a oportunidade de te mostrar que eu não sou um louco.” Ela riu, e ele respondeu: “te busco aí na quarta-feira, 20h.”


Nas palavras do Eduardo, o primeiro encontro foi espetacular. Algo que ele nunca tinha vivido antes. Foi como voltar pra casa depois de um dia longo e exaustivo. Como mergulhar no mar em um fim de tarde.


Conversaram muito, riram muito, o papo fluiu e o lugar era uma delícia. Ao final, na despedida, veio o primeiro beijo, dentro do carro e ao som de Sure Thing — que, até hoje, é a música do casal.

• A partir desse dia, não se desgrudaram mais. Eduardo, que mora na Zona Sul, passou a cruzar a cidade para encontrar Beatriz na Zona Norte toda semana.

As quintas-feiras, antes comuns, passaram a ser chamadas de “nossas quintas-feiras”. E eles permanecem nesse esquema até hoje, sem falhar. Quintas são do casal.


Foi então que, no dia 5 de outubro de 2024, em um restaurante italiano que Beatriz adora, sem planejar nada e sem sair de casa com essa intenção, Eduardo sentiu a necessidade de dar nome a esse relacionamento.


Com o bom humor que sempre acompanhou os dois, ele mudou sua cadeira de lugar, aproximou-se da Beatriz e disse: “eu sei o que você é: linda, educada, companheira e inteligente. Eu sei o que você não é minha namorada. Aceita namorar comigo?”.


O convite foi aceito. De lá pra cá, a relação tem ficado cada vez mais intensa. O primeiro eu te amo já saiu — e os dois fazem questão de repetir todos os dias, pra lembrarem o quanto esse relacionamento é raro.


Passaram o Ano Novo juntos. Viajaram juntos. Querem uma vida juntos. Eduardo ainda tenta conquistar seu sogro, o que tem sido uma difícil tarefa — mas ele acha que dá conta do recado.


Amanhã, dia 20 de janeiro, é aniversário da Beatriz. Eduardo escolheu relembrar essa história, de surpresa, pra poder surpreender a pessoa que o faz tão feliz. Cada dia mais.


Parabéns, meu amor. Quero você comigo pra sempre. Minha surpresa, meu amor, minha paz. Você me ensinou o que é amar e ser amado. Desejo a você as mesmas coisas que desejo para mim mesmo. Te amo e não é pouco.


Texto e imagens: The stories/Reprodução


 
 

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