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História do domingo: Quem foi o amor da sua vida?

DtMF


Como dizia Adélia Prado, “o que a memória ama fica eterno. Te Quem foi o amor da sua vida? amo com a memória, imperecível.



Blue Valentine


No filme Blue Valentine — em português, “Namorados Para Sempre” —, essa é a música que o personagem de Ryan Gosling usa para conquistar a Cindy.


• A cena é despretensiosa, mas resume de forma certeira a mensagem que o filme pretende passar.


A história começa mostrando um dia ruim no casamento dos protagonistas, em contraposição ao início cheio de paixão que marcou o primeiro encontro entre Cindy e Dean.


Nessas duas linhas do tempo, o espectador pode até se enganar com o mostrado no presente, mas depois percebe que não foi apenas uma briga no motel que culminou no fim do relacionamento.


Desconstruindo a ideia hollywoodiana de amor perfeito, o filme mostra que, sem cuidado, não existe química que consiga fazer um relacionamento perdurar no tempo.


• No começo, tudo é intenso, fácil e natural. As palavras fluem, os gestos encantam e os dias parecem curtos demais para tanta conexão.


Contudo, se não houver atenção e esforço, as conversas perdem o brilho, os abraços viram rotina e os olhares já não procuram respostas. O amor não morre de repente, ele se desfaz aos poucos.

No caso de Dean e Cindy, as discussões não são sobre grandes traições ou eventos explosivos, mas sobre mágoas acumuladas, descompassos sutis que se tornam irreparáveis.

A desconexão entre eles não acontece de um dia para o outro, mas em pequenas erosões diárias, em palavras que não são ditas, em ressentimentos que crescem no silêncio.


• Assim, caminhando pelo passado cheio de vida, em comparação à dureza do presente, o filme tem uma pergunta constante: “para onde foi o nosso amor?”


Se existe uma resposta, ela está dispersa nos acontecimentos que moldaram a vida dos personagens, mas apontar um culpado não muda os fatos — e nem traz o amor de volta.


Por fim, das diferentes linhas do tempo, a magia do passado nos é lembrada a todo instante, mostrando que nem o presente consegue apagá-la. Como já dizia Adélia Prado, o que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.


Quem foi o amor da sua vida?

(Baseado em uma história real)

Era um dia qualquer de outubro de 2013. Um daqueles dias pesados, em que o cansaço do trabalho parecia maior do que deveria ser.


Um amigo do “J” insistiu pra que ele saísse um pouco, dissesse sim para uma noite fora, uma pizza, uma conversa leve. No fundo, ele não queria ir, mas cedeu… E mal sabia que, ao aceitar esse convite, sua vida mudaria para sempre.


Na pizzaria, entre conversas casuais e sorrisos sem compromisso, estava a “P”. Ele não esperava vê-la ali, e não sabia nada sobre ela, mas seu olhar prendeu a sua atenção.


No começo, foi um encontro despretensioso, até que, no meio da conversa, ela lhe fez uma pergunta sobre o seu trabalho.


Sem pensar muito, ele cortou o assunto. Disse que não gostava de falar sobre isso. Engraçado como, sem perceber, ele já estava construindo ali um dos seus primeiros impasses.


• Saíram da pizzaria e trocaram contato. Só que, a partir desse dia, trocaram muito mais do que mensagens.


Com o tempo, os olhares se aprofundaram, os sorrisos ficaram mais frequentes e a conexão dos dois foi se formando de um jeito que nem o “J” poderia explicar. Não era só atração, era admiração, era cumplicidade.


Seis anos e meio se passaram. Entre altos e baixos, viveram uma história intensa, daquelas que fazem o tempo correr sem que a gente perceba. Contudo, o destino, sempre imprevisível, colocou um obstáculo no caminho dos dois.


O “J” foi transferido para outra cidade a trabalho e, embora tenha tentado manter a rotina nos primeiros meses — viajando pra ver a “P” todos os finais de semana —, a distância não foi apenas física.


• Certezas foram afastadas e dúvidas foram criadas. A situação os deixou com perguntas que, talvez, nunca tenham respondido direito.


Com pensamentos diferentes sobre o futuro e sobre como lidar com as mudanças, os caminhos que pareciam entrelaçados começaram a se afastar. O silêncio cresceu. Até que, um dia, se tornaram apenas lembrança um para o outro.


Foram três anos longe, mas algo permaneceu intacto… E foi necessário uma pandemia, uma reabertura, um reencontro.


O que parecia ter sido encerrado foi, de alguma forma, reescrito. Em duas saídas, como se o destino quisesse brincar com eles, a “P” engravidou e a filha deles chegou. O maior presente que o “J” poderia receber.


Naquele momento, algo dentro dele se transformou. Ele ainda morava longe, mas por coincidência, foi transferido de volta pra cidade um mês antes da sua pequena nascer. O reencontro não foi apenas com a “P”, mas com tudo que haviam vivido juntos.


• Com as lembranças, os sentimentos e o amor, que, apesar dos desencontros, nunca foi esquecido.


O tempo passou, e, mais uma vez, eles se aproximaram. Tentaram recomeçar. No entanto, por mais que ainda tivessem o mesmo desejo de um futuro juntos, caminhavam pra ele por estradas diferentes.


As mesmas falhas, os mesmos medos e as mesmas dores de antes. O que fazer quando o amor ainda existe, mas as pontes parecem estar ruindo?


A resposta talvez estivesse onde sempre esteve: na confiança. Na certeza de que, antes de qualquer papel assinado, antes de qualquer promessa, era preciso reerguer a base que os sustentava.


O “J” sempre soube disso. Sempre soube que o amor nunca foi o problema. O problema era tudo que carregavam dentro deles — e que nunca conseguiram curar completamente.


Texto e imagens: The stories/Reprodução


 
 
 

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