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Rota Quilombo de Guimarães conquista espaço no Guia do Afroturismo e chega à semifinal do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2025

Atualizado: 22 de set.


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O Maranhão voltou a ganhar destaque nacional no campo do turismo comunitário e do afroturismo. A Rota Quilombo de Guimarães, no Polo Floresta dos Guarás, foi selecionada pelo Ministério do Turismo e a UNESCO para integrar o Guia do Afroturismo no Brasil: Roteiros e Experiências da Cultura Afro-Brasileira, publicação que reúne 43 experiências autênticas em todas as regiões do país.


Além disso, o roteiro também chegou à semifinal do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2025, reconhecimento que reforça a força do protagonismo quilombola no estado.


Um roteiro de ancestralidade e resistência

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O percurso conecta a cidade histórica de Guimarães até a praia de Araoca, passando por sete comunidades tradicionais: Damásio, Cumum, Caratiua, Santa Luzia, Coroatá, São Vicente e Porto do Rosário.


Essas localidades guardam a memória da resistência negra no Litoral Ocidental Maranhense, preservando práticas culturais, religiosas e gastronômicas herdadas dos antepassados.

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Entre os destaques está o Quilombo Cumum, reconhecido pela Fundação Cultural Palmares (Processo nº 01420.001105/2006-00, Portaria nº 39022). A comunidade, formada a partir do período pós-escravidão, é um verdadeiro Território de Preto, onde descendentes de africanos escravizados se organizaram em núcleos de autonomia e solidariedade.


O que torna a rota especial

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O Guia do Afroturismo destaca a Rota Quilombo de Guimarães como uma experiência singular, marcada por:


Vivência comunitária genuína: visitantes participam de saberes ancestrais, conhecendo a gastronomia quilombola, como o tradicional biscoito de tapioca e o café quilombola de Cumum, além de festejos religiosos e a recepção calorosa das famílias locais.


Experiência cultural e ambiental: inclui balneários como o do rio Damásio, hospedagem em casas de famílias, trilhas e contato direto com a natureza e a cultura quilombola.

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Essa combinação de autenticidade, cultura e hospitalidade faz da rota um exemplo de turismo de base comunitária que vai além do lazer, promovendo identidade, pertencimento e consciência histórica.


Protagonismo feminino e empreendedorismo


No Quilombo Cumum, o grupo Mulheres em Ação, liderado por Aline Martins, transformou uma tradição culinária em oportunidade de renda. Resgatando o saber ancestral, elas produzem o biscoito de tapioca de forma coletiva, reunindo hoje cerca de 10 a 12 mulheres.

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Com o turismo, o produto ganhou visibilidade e escala: passou a ser vendido no Café Quilombola, às margens da estrada de Araoca, e já circula em feiras nacionais como a ABAV Expo. O biscoito, antes feito de maneira tímida, hoje conquista paladares em várias regiões do Brasil, levado por apoiadores como a professora e secretária de Turismo do Maranhão, Socorro Araújo e o secretário de Turismo de São Luís, Saulo Santos.


É emocionante ver como o turismo fortaleceu essas mulheres. O que começou como uma produção caseira hoje é conhecido em várias partes do Brasil. O Quilombo Cumum mostra que o turismo sustentável pode gerar renda, preservar tradições e dar visibilidade à cultura quilombola”, destacou Roseane Maia, Agente de Roteiros Turístico do Sebrae-MA.

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Impactos e desafios


O lançamento do Guia, resultado de ampla escuta pública com afroempreendedores e gestores locais, reforça o afroturismo como estratégia de igualdade racial, geração de renda e preservação da identidade negra.


Também fortalece políticas públicas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, sobretudo o ODS 8 (crescimento econômico inclusivo) e o ODS 10 (redução das desigualdades).

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Na prática, a comunidade de Cumum segue firme em seus desafios, como o avanço no processo de titulação do território quilombola, o acesso a políticas públicas diferenciadas e o fortalecimento da juventude e da infraestrutura local.


Síntese do Quilombo Cumum


Elemento/Detalhe


  • Origem Pós-escravidão / herança quilombola no Litoral Ocidental Maranhense


  • Base econômica Agricultura, pesca, extrativismo, produção artesanal


  • Cultura Culinária, religiosidade, oralidade, saberes tradicionais


  • Organização Associação comunitária, grupos produtivos de mulheres


  • Reconhecimento legal Certificação da Fundação Palmares


  • Desafios Titulação do território, infraestrutura, políticas públicas

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A Rota Quilombo de Guimarães representa, portanto, um encontro entre passado e futuro: de um lado, a memória ancestral e a resistência quilombola; de outro, o turismo comunitário como caminho de sustentabilidade, empoderamento feminino e fortalecimento da identidade negra no Brasil.

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Fotos e informações, gentilmente cedidas/Divulgação

 
 
 

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