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História do domingo: Não tem como voltar atrás

Mãe é mãe


Uma mãe é capaz de ensinar mais do que cem professores.”


Para ler a edição de hoje com um quentinho no coração, a indicação é essa música nostálgica aqui. 🧸


O coração das mães

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Com a lucidez dos que enxergam além da superfície humana, Honoré de Balzac viu não o vazio no abismo maternal, mas o refúgio — e nele, sempre, o perdão.


Para quem é mãe, o perdão não é um gesto eventual, mas uma linguagem natural do afeto. O perdão da mãe precede a ofensa. Ele surge com o filho, junto com os primeiros choros e os primeiros tropeços.


• Para a mãe, perdoar não é esquecer, mas lembrar de outra forma. É lembrar com os olhos do amor, que veem além dos erros.


Essa entrega é tão natural que nos acostumamos. Não reconhecemos nem valorizamos.


É engraçado como, muitas vezes, negligenciamos as relações mais importantes da vida. Cuidamos muito do incerto, mas deixamos de lado o cultivo do amor que “estará sempre ali”.


Mesmo quando não ligamos, voltamos ou pedimos desculpas, o amor de mãe prevalece. Ele segue, como rio subterrâneo, alimentando tudo por dentro, sem que se veja da superfície.


• É esse costume que, sem querer, o torna invisível como o ar — como tudo aquilo que, por nunca faltar, parece que não nos faz falta.


Mas, um dia, quando a casa estiver vazia e a voz que sempre chamava pelo nosso nome já não ecoar nos corredores, vamos perceber: o que era "para sempre" só parecia eterno porque era imenso demais para caber na nossa pressa.


Para quem ainda tem essa sorte, é bom replicar as palavras de Augusto Branco: “neste momento eu quero, especialmente, te dizer muito obrigado por ser minha mãe e quero te dizer que eu sempre, sempre, sempre amarei você.”


Não tem como voltar atrás

(Baseado em uma história real)

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Lisa e Matheus se casaram em 18 de junho de 2022, mas a história deles começou alguns anos antes, na sala de espera de um cursinho de inglês.


• Foram o primeiro amor um do outro, atravessaram juntos o Ensino Médio e brindaram a aprovação no vestibular — ele em Engenharia, ela em Direito.


Contudo, depois de várias descobertas e alguns desafios, os dois se viram distantes um do outro. Misturando o “eu” com o “nós”, Matheus disse que não sabia o que queria.


E não teve ligação de madrugada nem rastro de saudade. Quando decidiu terminar, ele realmente foi embora.


Assim, sem ter escolha, Lisa seguiu sua vida. Conheceu novas pessoas e até se aventurou com novos cortes de cabelo. Mudou por fora, mas por dentro o sentimento ainda era o mesmo.


Anos depois do término e sem nenhum tipo de contato, seria loucura dizer que ainda havia amor? Para alguns, talvez. Para Lisa, loucura mesmo seria desistir sem tentar.


• Na cara e na coragem, ela resolveu dizer o que sentia. Sem qualquer pretexto, mandou uma mensagem e chamou o Matheus para jantar.


Ele não esperava o convite, mas bastou um reencontro para perceber o que havia esquecido: em sua vida, ninguém nunca tinha conseguido chegar onde a Lisa chegou.


Com apenas alguns olhares, eles sabiam que aquilo ali não era mais um caso de amor por hábito.


Usando as palavras de Cris Lisbôa, Lisa e Matheus estavam diante “daquele amor que é um despenhadeiro. Que acontece quando o destino sopra areia em nossos olhos para que possamos, de uma vez por todas, nos enxergar.”


Esse despenhadeiro virou pedido de casamento, com uma festa inesquecível em um sábado ensolarado e cheio de amor.


Na segunda-feira seguinte, já estavam morando juntos — sem colchão, cortinas, móveis ou eletrodomésticos. Mas imensamente felizes com essa nova etapa da vida.


• Seguindo o script, eles pretendiam trabalhar muito, crescer profissionalmente e construir um relacionamento sólido. Filhos, só depois de três anos.


Só que o destino é arteiro e, poucos meses após o casamento, Lisa desconfiou que estava grávida. Os sintomas vieram com força, e ela chorou tanto que chegou a se desidratar.


No dia seguinte, saiu do trabalho, passou em uma farmácia, comprou o teste e foi direto para casa. Fez o teste sozinha, sem qualquer glamour. Quando Matheus chegou, ela disse: estou grávida.


Não teve vídeo, caixinha, presente ou roupinha. Eles realmente não estavam preparados para aquele momento. Assim que descobriram a gravidez, tudo virou de cabeça para baixo. Não tinham ideia de onde estavam se metendo.


• Lisa conta que os primeiros meses da gestação foram um processo de adaptação e aceitação.


Ela precisou permitir-se viver o luto. Luto daquela mulher que era: independente, livre, jovem, cheia de sonhos e planos, com a liberdade de decidir pensando apenas nos seus próprios desejos.


Segundo ela, viver esse luto foi essencial. Ajudou a fechar um ciclo e estar verdadeiramente aberta para viver a nova fase que se iniciava.


Lisa permitiu-se sentir tudo: medo, insegurança, tristeza, alegria, solidão, cansaço. Ela sempre soube que a maternidade ia muito além da propaganda romântica de amor incondicional.


Sabia que seria desafiadora, exaustiva e transformadora — só não imaginava o quanto. Foi nessa intensidade de sentimentos que sua filha, Luísa, nasceu. Mas, junto com ela, nasceu também aquele amor arrebatador.


Lisa vê o parto como um portal que as mulheres atravessam: entram de um jeito e saem de outro. Saem deusas: cheias de força, poder e amor. Não há como retornar depois de atravessar esse portal.


Segundo ela, a maternidade transforma tudo: o que você sabia, sentia, queria e pensava. Ela realinha o seu norte, desequilibra suas bases, expõe você à sua versão mais vulnerável e reconecta você com a natureza mais primitiva.


Sua jornada não foi fácil, mas, ainda assim, foi leve. Ela diz isso porque teve uma grande rede de apoio: recursos financeiros, estrutura, suporte familiar. Lisa reduziu sua carga horária e passou a trabalhar de casa.


Como na sua cabeça já estava “parando” a vida para viver a maternidade, quis vivê-lintensamentede — não com apenas um, mas com dois filhos. Quando Luísa completou 9 meses, Lisa engravidou de um menino.


• Sua filha ensinou-lhe sobre amor e entrega. Com sua chegada, ela pôde se conectar profundamente consigo mesma — e com sua mãe.


Só depois de engravidar que Lisa compreendeu tudo que sua mãe fez por ela, porque os atos de amor e entrega da maternidade são silenciosos. Gestos, atitudes e abdicações tão presentes no dia a dia que nos acostumamos a eles.


Ignoramos, não reconhecemos e não valorizamos, “até o dia em que assumimos o lugar delas. E aí percebemos que somos capazes de fazer tudo, e muito mais, sem nunca esperar reconhecimento, aplauso ou valorização. Porque não se trata de nós — é sobre eles.”


Quando seu segundo filho, Daniel, chegou, Lisa ganhou uma nova perspectiva sobre tudo. Ele a ensinou sobre leveza, tranquilidade e paciência. Ela sente que a vida como mãe de dois é, surpreendentemente, mais divertida.


Hoje, sua rotina gira em torno deles, mas ela também aprendeu que, para cuidar do próximo, precisa cuidar de si.


Lisa fala com orgulho que é mãe da Luísa e do Daniel, sabendo que, para eles, ela é isso — a mãe. Mas gosta de se ver como muitas versões de si — e ser mãe é, com certeza, uma das mais bonitas.


Texto e imagens: The stories/Reprodução

 
 
 

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